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A ação favorece a sorte

Foto do escritor: Bianca MerolaBianca Merola

Eu sempre gostei de sonhar acordada. Desde muito nova, ficava deitada na cama olhando para o teto e planejando tudo que eu gostaria de fazer na minha vida. Se tivesse uma viagem, imaginava os mínimos detalhes: os lugares que eu iria visitar, a culinária, os pontos turísticos e as pessoas que eu gostaria de encontrar. Acho que essa é a parte que eu mais gosto, a sensação boa e a expectativa de que algo novo vai chegar e até hoje faço isso.

Foi assim também quando eu comecei a pensar na minha carreira. Fiz uma faculdade por um ano, tranquei para ter minha filha, fiz outra de Relações Públicas em uma baita faculdade e não existi. Comecei em trabalhos aleatórios e todos eu abandonava, não me satisfazia, até que entrei em um que me trouxe uma calmaria e uma estabilidade mas com o passar do tempo e com o que 2021 me reservou começou a existir um incomodo, mas eu não sabia o que fazer com ele. Ficava adoentada direto, não cuidava da saúde e sentia um cansaço enorme. Levantar da cama na segunda é triste, a sensação que eu tenho é que estou sob efeito de calmante para dar conta.

O ano foi 2020, sem saber para onde ir, comecei a estudar sobre felicidade no trabalho. Parecia algo distante demais porque eu acreditava que existia apenas um formato de trabalho: empresa, patrão, salário, benefícios e mesmo que isso custasse a minha saúde, eu tinha que aguentar para pagar as contas. Mas eu comecei a prestar atenção nos sinais que meu corpo enviava dizendo que estava na hora de desacelerar, que era possível ter uma vida mais leve e um trabalho com mais sentido.

Uma coisa sempre martelava: será que sou a única pessoa que se sente assim? Até que dei de cara com uma frase do Filósofo australiano, Roman Krznaric, em um dos seus livros.


“Nunca um número tão grande de pessoas sentiu tanta insatisfação com a vida profissional e tanta incerteza sobre como resolver o problema”


Comecei e ler livros de auto-ajuda para obter resultados que eu precisava ter, eu precisava trabalhar e preciso para pagar contas que eu mesma criei.Tem livros que me deixam super impactada e resolvi alguns anos atras fazer leader trainer para me encontrar, ai no caminho comecei a planejar o que eu faria dali em diante. Não dava mais para viver na matrix. Hoje tenho vontade de sair da minha zona de conforto, fui a palestras que surgiam,estudei sobre autoconhecimento, carreira e escrita afetiva.


Tudo que eu aprendi, aplico na minha carreira. Foi a virada de chave. Em 2019 já estava certa que não queria mais trabalhar como CLT . Eu queria ter um trabalho onde eu pudesse me ajudar e também encontrar o trabalho dos sonhos. Até que me aventurei no trabalho de hoje e penso: é possível ter um trabalho que amo? Em março eu organizei minha vida, comecei a trabalhar em paralelo, abri uma empresa e trabalho. Mas não é o meu sonho. Hoje não tenho vida, não tenho tempo para mim, para minha filha, para minha família.

Fácil? Nem um pouco. Possível? Com certeza.É uma jornada, é pedir licença a tudo, sem culpa e olhar para si mesmo. Reconhecer seus dons e talentos. E como diz Aristóteles: Quando as necessidades do mundo e seus talentos se cruzam, aí está a sua verdadeira vocação. Mas cheguei a uma conclusão: "Nenhum CNPJ vale um AVC". A frase me chama atenção pois é algo que eu venho percebendo e decidindo para a minha vida ultimamente. Entendo que cada pessoa tenha seus momentos de altos e baixos . E por conta desses momentos acabei tomando algumas decisões erradas nesse último ano. Deixei o trabalho me violentar, me desestruturar, me afastei involuntariamente da minha filha, emagreci demais e estou cuidando de mim fisicamente e psicologicamente. E agora decidi que quero uma mudança para a minha vida e focar nas minhas prioridades que são minha família e minha saúde . E a partir daí tudo pode se transformar. Quero restaurar minha saúde, me reconectar com minha filha. Trabalho é importante mas não é tudo! "O seu valor começa por você”.


Beijo no ♥

Bianca




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