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Foto do escritorBianca Merola

A vontade de jogar tudo para o alto


Se antes falavam que devíamos separar a vida pessoal da profissional, hoje está tudo junto e misturado. E durante essa pandemia é mais difícil ainda conseguir traçar uma linha que separa uma coisa da outra.

Entre os intervalos de um trabalho e outro, eu procuro estar com minha filha, vê-la dançar na aula e começa o rebuliço, você que tem filhos pequenos sabe bem.

Essa jornada que antes era dividida entre sair de manhã e voltar à noite, agora está presente vinte e quatro horas do meu dia. A hora de dormir parece mais um desmaio. E a insatisfação com o trabalho se tornou uma realidade. Se você já pensou em mudar de emprego, agora repensa toda a sua carreira. Você não está sozinha. Essa é uma das maiores queixas desde o início da pandemia.

Acontece que nesse momento de sobrecarga você está analisando se realmente vale a pena dedicar tanto tempo e não ter o reconhecimento ou a promoção que merece. Não te parece justo. Eu sei.

Quando estamos em uma situação de conforto, onde o trabalho não é tão legal mas paga as contas, a empresa não é uma Great Place to Work mas paga o salário em dia, o chefe é abusivo mas você ignora, na verdade mesmo, está apenas colocando uma peneira na frente do sol e deixando passar alguns raios para não se queimar tanto.

O que não parecia incomodar tanto, está crescendo a cada dia. Ter um salário pago em dia não é o suficiente, a empresa não ofereceu as melhores condições para o trabalho, seu chefe passa o dia mandando mensagens.

O problema é seu, se seu filho está com dor de barriga e febre, você está em casa e dá conta. O problema é seu, se o feijão queimou e você está fazendo um miojo correndo para seu filho almoçar e você ir para a reunião. Você que lute.

Não vou nem entrar no mérito da quantidade de pessoas que estarão com Síndrome de Bournout quando isso acabar, se a sua empresa voltar com o trabalho presencial, porque pelo que me consta, está sendo uma economia e tanto para as empresas e muitas já estão decididas a implantarem de forma definitiva esse modelo de trabalho.

Agora é aquele momento em que você vai se lembrar daquilo que sempre quis fazer mas não teve tempo, da vontade de empreender ou de mudar de empresa. É normal e está tudo bem. É no desconforto que a gente se move. É quando a pressão aumenta que nos sentimos sufocados.

Não se assuste com as suas descobertas, eu posso te afirmar que ouvir a própria voz é um sentimento libertador. Quando conseguimos nos desprender das amarras que nos manteve até hoje nesse mesmo lugar, percebemos que a vida é um eterno movimento e podemos sim reescrever a nossa história.

Você merece.

Beijo no ♥

Bianca

Em tempo: Ainda sinto que as coisas vão demorar um tempo para mudar. O mais importante é agora você parar e ouvir um pouco o que anda sentindo aí dentro e Se perguntar: o que faço hoje é o que me faz feliz?

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